Pegadas humanas fossilizadas de 20 mil anos foram descobertas na Austrália em 2006:

elas indicam que o caçador que as fez estava correndo a aproximadamente 37 km/h, a velocidade de um velocista olímpico moderno, mas descalço e na areia


pegada de Gigante

by on março 25, 2023
  Pegadas humanas fossilizadas de 20 mil anos foram descobertas na Austrália em 2006: elas indicam que o caçador que as fez estava correndo ...

 A Salvia divinorum, conhecida como Sálvia do divino, é uma erva alucinógena original de países como México. A salvia divinorum é considerada uma erva misteriosa, pois ainda não todos os seus efeitos ainda não estão totalmente claros. Mas os relatos conhecidos são de viagens alucinógenas com distorção da realidade, como se estivesse em um sonho.

Ficou curioso e quer saber mais sobre a Sálvia do divino? Continue lendo esse conteúdo!

O Que É Salvia Divinorum?

A salvia divinorum, ou sálvia do divino, é uma erva. Ela leva esse nome, pois tem efeitos psicodélicos fortes. Existem outras espécies de sálvia, por exemplo, a salvia officinalis é usada na culinária. Diferente da divinorum, a usada na cozinha não oferece efeitos alucinógenos.

Em outras palavras, a Salvia divinorum é uma planta indígena usada para fins medicinais. Entre os benefícios do uso estão aumento da imunidade e resistência a vírus e bactérias. Mas ela se tornou popular devido aos fortes efeitos alucinógenos. Os usuários relatam uma trip muito boa, com sensações, pensamentos e muitas memórias ativadas.

O que é Salvia Divinorum?

Qual É A Origem Da Salvia Divinorum?

A Salvia divinorum é original da serra mazateca de Oaxaca, México. Na cultura e comunidade indígena, era usada contra seres de um outro plano. Na cultura da região, essa planta é considerada divina, dizem ser uma encarnação de uma divindade.

Alguns dos nomes usados para se referir a erva são erva pastora, la maria e Ska maria pastora. Também é usada como o catalisador de cerimônias espirituais, assim como a Ayahuasca.

Quais Efeitos Da Salvia Divinorum?

Os efeitos podem variar conforme o usuário, de maneira geral, a Salvia divinorum é uma planta alucinógena com efeitos dissociativos. Ela modifica o estado de consciência do usuário e pode proporcionar sinestesia, o cruzamento de sensações, quando os sons têm cor ou as cores tem cheiro.

A Salvia divinorum tem uma brisa introspectiva, diferente de outros alucinógenos serotoninérgicos. Dá a sensação de sonho e por isso o silêncio, lugares calmos e de pouca luz são propícios. Considerada uma erva “psicodélica clássica”. A ação neuroquímica age especialmente nos receptores de serotonina 2A, encarregado dos efeitos psicodélicos na consciência.

Os relatos de quem já usou a Salvia divinorum é realmente da sensação de sonho. Como se no momento o usuário não tivesse consciência do que esta acontecendo. Depois da brisa, você tem a memória de tudo que passou pela mente durante os minutos que ficou chapado. Muitos dizem que são tantas memórias que não parece ter durado apenas alguns minutos.

Entre os efeitos podem ser observados ainda a sensação de estar fora do corpo, ou até mudança na gravidade.

Se você curte fumar ervas, se liga nessa dica de acessórios para fumar ervas.

A Salvia Divinorum Tem Uso Medicinal?

Sim! A princípio ela era muito usada para fins anti-inflamatórios, analgésico e diurético. A salvia divinorum não ativa a liberação de dopamina, o que criaria a dependência. Então, o risco de vício é baixo, mas ainda pode acontecer o abuso, como mostra o Addiction Center.

Entre os princípios ativos da salvia divinorum está um agonista opioide, a salvinorina A. Ela é responsável por tornar a planta tão especial. Esse componente é o único agonista opioide ativo que não tem nitrogênio de origem natural. Encontramos, ainda, outras substâncias psicoativas como a salvinorina B e divinorina C. A combinação entre eles potencializa os efeitos da erva.

Salvia Divinorum Faz Mal?

O uso da erva, seja para fins medicinais ou recreativos, não é aprovada no Brasil, então não existem comprovações nacionais que trazem contraindicações da erva. Mas, entre efeitos da Sálvia do divino, que podem não ser positivos estão:

  • Distúrbios visuais;
  • tontura;
  • insônia;
  • dor de cabeça;
  • irritação no pulmão;

Esses efeitos não são exclusivos da Salvia divinorum. Fumar outras ervas podem resultar nesses incômodos.

Onde Comprar Salvia Divinorum?

Como a erva não é legalizada no Brasil, então, não é possível comprar por aqui. Porém, em países como Portugal, a erva é vendida em lojas online e tabacarias.

Isso também vale para as s sementes de salvia divinorum, que também são muito procuradas. Porém, nem sempre são encontradas seeds saudáveis e propícias ao cultivo.

Como Usar Salvia Divinorum?

Hoje a erva é usada para fins recreativos através do fumo. Os primeiros usos dessa erva diferiram do que vemos hoje em dia. Suas folhas secas eram mascadas, o que pode potencializar os efeitos alucinógenos.

Outra forma era a ingestão em forma de bebida, mas neste caso acontecia uma cerimônia onde os xamãs ministravam, e folha da erva era macerada. A erva pode ser fumada como qualquer outra, inclusive pode ser misturada no tabaco que é uma ótima alternativa para quem quer variar um pouco.

Como usar salvia divinorum?

Como É O Cultivo Salvia Divinorum?

O cultivo dessa planta não é dos mais fáceis. Ela não produz sementes saudáveis com frequência, e por isso é difícil encontrá-las no mercado. Normalmente é feito o corte da folha para a preparação de uma muda.

Seu tamanho pode chegar a um metro de altura. Tem folhas verdes e acinzentadas e nas pontas do caule, flores nos tons de lilás e roxo. Todas as variações de Salvia são parecidas, então é fácil confundir.

Relação Da Salvia Divinorum E Cannabis

A Salvia divinorum está na lista de plantas que podem originar substâncias entorpecentes e/ou psicotrópicas, com a Cannabis Sativa. Logo, é proibido o cultivo, comércio e manipulação dessas e outras ervas. Essa é uma determinação do Ministério da saúde.

Como você sabe, a Cannabis pode ser usada para fins recreativos e medicinais. No caso da Salvia Divinorum algumas pessoas defendem que deve ser usada apenas para fim medicinal.

Vale destacar que cannabis e salvia divinorum nunca devem ser usadas em conjunto. Pode rolar uma bad trip, os efeitos são desconhecidos.

Ela é uma erva poderosa e pode ajudar na compreensão da mente, especialmente no espectro subconsciente. Por ter efeitos alucinógenos e ser uma porta para o autoconhecimento, há quem acredite que ela seria uma alternativa a maconha.

Entre as diferenças entre a cannabis e a Sálvia, a principal delas é o tempo em que dura a brisa. Ambas batem rápido, mas a maconha tem efeito duradouro com sensação corporal e mental. Enquanto a Sálvia divina tem poucos minutos de efeito, mas com uma brisa profunda, em que a pessoa perde a noção do que está acontecendo.

Essa é a sálvia do divino, meus amigos. Se gostou de aprender mais sobre essa erva, convidamos você a navegar pelo blog, aqui sempre tem conteúdos sobre cannabis, ervas e tabaco.

 Seja para fins religiosos ou recreativos, os seres humanos sempre encontraram um jeito de ficar doidões. A busca por alterar o estado da consciência faz parte da história da humanidade e, muitas vezes, chegou a influenciá-la de forma decisiva. Não é a toa que a utilização das plantas alucinógenas para efeitos psicodélicos naturais é tão antigo quanto as culturas humanas, já que é uma forma diferente de “viajar”.

Em uma resenha do livro “A Short History of Drunkenness” (Uma breve história da embriaguez), publicada no “The New York Times”, o jornalista Toni Perrottet afirma que até mesmo o aparecimento da espécie humana se deu porque nossos ancestrais resolveram descer das árvores para beber as frutas que fermentam no chão, que inventamos a agricultura para cultivar cevada e que os sumérios criaram a escrita porque precisavam de um símbolo para cerveja.

Ao longo dos milênios, a alteração da consciência foi parte central da cultura de diversos povos. Das viagens da Ayhuasca nas tribos sul-americanas ao vinho partilhado nas cerimônias católicas, a prática sempre foi uma forma de socialização, de ampliação das nossas percepções de mundo e da mente.

Cogumelos Mágicos

Cogumelos Mágicos

Foto: Shutterstock/Por Frank Fichtmueller

Algumas espécies de cogumelos têm o poder de provocar as mais variadas alucinações, mas essa reação tem pouco a ver com magia, e muito com química. Utilizados em cerimônias religiosas de diferentes culturas desde 9.000 a.C., os cogumelos mágicos têm, em comum, a substância psilocibina, que atua na mesma área do cérebro que é ativada quando sonhamos.

Os indícios mais antigos de seu uso ritualístico foram encontrados em pinturas rupestres no norte da África. Outros desenhos, que datam de 6.000 a.C. levantaram suspeitas de que os fungos também eram consumidos na região da Península Ibérica. Durante a Idade Média, o Amanita muscaria um cogumelo vermelho com pintinhas brancas – aquele mesmo, que costuma aparecer em desenhos infantis –  era amplamente utilizado por druidas celtas na Irlanda como uma forma de abrir a cabeça para a sabedoria divina. Já o Psilocybe semilanceata é responsável por desencadear inúmeras alucinações com fadas e elfos, entidades comuns no folclore da região.

O mesmo uso ritualístico foi encontrado nos povos Asteca, Maya, Mazateco, Mixteco, Nauhua e Zapoteco, que habitavam o México e a América Central. Em algumas comunidades indígenas que resistem até hoje, os cogumelos psicoativos ainda exercem um papel central em determinadas cerimônias religiosas, conforme registrou o antropólogo George Wasson, em um artigo para a Life. No idioma asteca, a palavra cogumelo é teonanácatl, que significa “carne dos deuses”.

A legislação sobre a venda de cogumelos alucinógenos é ambígua em muitos países. Os fungos são vendidos na Grã-Bretanha graças a uma estreita brecha na lei. Em Amsterdam, é possível comprá-los em lojas especializadas. Já a cidade de Denver foi a primeira a liberar o consumo nos Estados Unidos, em maio de 2019. No Brasil existem diversas espécies de cogumelos com propriedades alucinógenas, muitas delas crescem livremente na natureza e em pastos. Há comunidades virtuais de caçadores de cogumelos – o que não é crime -, mas sua venda é quase inexistente. Embora não constem na lista de produtos proibidos pela Anvisa, as substâncias psicoativas não podem ser comercializadas.

Um estudo realizado pela Global Drug Survey, em 2017, revelou que essa é a droga mais segura em uso pelo ser humano, ficando à frente de drogas de amplo consumo legal, como o álcool. Apenas 0,02% dos usuários relataram precisar de atendimento médico de urgência.

Ópio

Campo de papoula

Foto: Shutterstock/ Por SOMSAK 2503

A papoula é outra velha conhecida da humanidade. Há 5.000 anos, os sumérios já a utilizavam no combate à insônia e constipação intestinal e a batizaram de hul gil, ou planta da alegria. Originária da Ásia Menor e cultivada na China, Irã, Índia, Líbano, Iugoslávia, Grécia, Turquia e sudoeste da Ásia, a planta também é a base de extração de uma droga que já deu o que falar: o ópio. Ópio vem da palavra grega que significa suco, e é obtido a partir da extração de uma substância leitosa presente no bulbo da papoula ainda verde.

Foi consumida livremente até o século 19, uma vez que a substância é um sedativo e tranquilizante potente (aliás, é dela que se extrai a morfina), além de eficaz no tratamento de diarreia, gota, diabetes, disenteria, tétano, insanidade e ninfomania. Isso sem citar os efeitos, digamos, divertidos: euforia e sono onírico. Foi amplamente consumida de forma recreacional pelos egípcios na antiguidade, citada como medicamento por Homero na Odisseia e se espalhou pela Rota da Seda por volta do século 7.

Chegou a ser motivo de guerra: no século 19, a população chinesa estava tão dependente da droga que o consumo ameaçava a estabilidade social e econômica do país. Para tentar controlar a situação, o governo de Pequim decidiu proibir o comércio da substância. Só que, adivinha quem é que ganhava, e muito, com a venda de ópio para os chineses? Ela mesmo, a nossa colonizadora e dominadora nem um pouco favorita, a Grã-Bretanha. Na época, o povo da rainha traficava ópio de seus domínios indianos para a enorme população chinesa, e não gostou nem um pouco da proibição. Estima-se que, na altura em que o comércio foi vetado, os comerciantes britânicos colocavam um total de 450 toneladas de ópio no país, ou um grama para cada um dos 450 milhões de chineses.

Como o primeiro decreto, de 1800, nunca foi respeitado, em 1839 a China lançou um novo decreto, apreendeu e queimou, em Cantão, cerca de 20 mil caixas repletas da substância. As Guerras do Ópio foram, na verdade, duas guerras (a primeira de 1839 a 1842 e a segunda de 1856 a 1860) e o motivo pelo qual a China acabou cedendo Hong Kong para o Império Britânico.

Hoje, o consumo de ópio é ilegal ao redor do mundo e essa é considerada uma droga altamente viciante e perigosa, sendo a papoula também a base para a fabricação de heroína. No entanto, em diversas partes do planeta ainda existe a produção e o consumo do ópio continua a ser um problema social grave.

Leia também: O projeto que transformou campos de ópio em fazendas orgânicas na Tailândia

Maconha

Canabis - Maconha

Foto: Shutterstock / Por Oprea George

Muito popular até os dias de hoje, embora ainda proibida em grande parte do mundo, a cannabis é utilizada como planta ritualística por diversas culturas desde a antiguidade. As primeiras referências à maconha sagrada aparecem entre 1.500 a.C. e 1000 a.C, nos Vedas, um conjunto de textos religiosos em sânscrito que são a base da religião Hindu. A planta é descrita como uma das cinco ervas sagradas devido a seus efeitos relaxantes. É também, muitas vezes, associada a Shiva, um dos deuses supremos do hinduísmo.

Segundo a tradição, depois de discutir fortemente com sua família, o deus saiu para dar uma volta e arejar a cabeça. Adormeceu sob a sombra de uma planta frondosa. Quando acordou, resolveu provar a planta e ela tornou-se sua comida preferida. Uma das formas de se referir ao deus é como “Lord of Bhang”, ou Deus da Cannabis.

Hoje, o consumo de maconha é proibido na Índia, mas há exceções para as preparações tradicionais. A planta ainda é utilizada em cerimônias e festas religiosas – como o Holi, a festa das cores -, muito comumente no forma de Bhang, uma bebida preparada a partir da maceração de diversas ervas e que tem propriedades alucinógenas. Os Sadhus, homens místicos que renunciam a todos os bens materiais, utilizam a maconha ou o haxixe livremente em busca da iluminação.

Leia também: Holi, como é participar do festival indiano das cores
Como funcionam os clubes de maconha de Barcelona
Como funcionam os coffeeshops de Amsterdam

Há também fortes evidências do papel da maconha em cerimônias funerárias e de sacrifício no oeste da China e Tibet, no século 5 a.C. Acredita-se que, com o auxílio de fogo e música, a planta era utilizada para induzir estados alterados de consciência entre os presentes.

No Oriente Médio, o primeiro registro do uso da planta data de 425 a.C., quando Heródoto descreveu seu uso recreacional entre os Citas, um grupo nômade na Ásia Central. Já nos anos 800 d.C, com o crescimento do Islamismo, a proibição do álcool pelo Alcorão deixou o caminho aberto para que a maconha decolasse entre os devotos, e assim foi por muitos e muitos séculos.

A proibição e demonização da erva só apareceram no século 20, com a lei seca americana e uma subsequente guerra contra as drogas. A maconha, que era então consumida majoritariamente pelas populações de origem mexicana e negra, foi alvo de uma campanha moralista e racista e passou a ser associada à promiscuidade e ao crime.

Não demorou para que outros países seguissem o exemplo e a droga fosse proibida no resto do mundo. Somente em anos recentes essa tendência começou a ser revertida e a maconha pode, outra vez, ser consumida livremente em alguns lugares e também utilizada em pesquisas para tratamento de doenças crônicas.

Erva dos Sonhos

Feijão dos Sonhos Africano

Foto: Shutterstock / Por Heartkiki

Conhecida no meio científico como Entada rheedii, essa trepadeira originária do sudeste da África tem outros nomes mais poéticos: erva dos sonhos, feijão dos sonhos ou erva dos mares, como preferir. Pode ser encontrada também na Ásia e na Oceania e é utilizada em diversos países para o tratamento de doenças de pele, icterícia, dor de dente, úlceras e outras doenças, inclusive em bebês.

Nas comunidades tradicionais da África do Sul, no entanto, a planta também tem uso ritualístico por sua capacidade de induzir os usuários a terem sonhos lúcidos, o que, acredita-se, permite a comunicação com o mundo espiritual. Para tanto, é preciso consumir a polpa interna das sementes, que são enormes: as vagens chegam a um metro de comprimento e, os grãos, a mais de 10 centímetros. A polpa pode ser comida fresca ou raspada, seca e fumada misturada a outras ervas, como o tabaco. As sementes também são vendidas como amuletos de boa sorte.

Ayahuasca (Santo Daime)

Ayahuasca - chá: uma das plantas alucinógenas mais populares do mundo

Foto: Shutterstock/Por Dana Toerien

Essa não é uma planta, mas a combinação de duas: cipó mariri e folhas da chacrona. A folha contém dimetiltriptamina (DMT), um potente psicodélico. O cipó tem um inibidor da monoamina oxidase, o que permite que o alucinógeno drible a barreira dessa enzima (que em grandes ou pequenas quantidades pode causar depressão, fobias e outros distúrbios), e chegue ao cérebro. Os dois juntos formam um chá de grande importância cerimonial para as populações amazônicas: a Ayahuasca ou chá de Santo Daime.

Há registros de que a bebida é utilizada por aquelas bandas há pelo menos um milênio, e ninguém sabe direito como foi que surgiu a ideia de colocar as duas plantas alucinógenas juntas. No passado, apenas os xamãs das tribos eram autorizados a consumi-las, mas hoje seu uso é bem mais amplo, sendo permitido a turistas e pessoas interessadas em seu poder de acessar o subconsciente, sem nunca, no entanto, ser dissociada de seu papel espiritual.

O chá proporciona às pessoas contato com experiências e sensações escondidas no fundo de suas mentes, sendo eficaz no tratamento de traumas, bloqueios, vícios e doenças psicológicas ou psicossomáticas. Os efeitos podem durar entre duas e quatro horas e podem vir acompanhados de vômito e diarreia. A substância é banida em diversos países do mundo. Nos países amazônicos, no entanto, seu uso é permitido dentro do contexto religioso.

Iboga

Utilizada no tratamento de depressão, picada de cobra, impotência masculina, esterilidade feminina, Aids e também como estimulante e afrodisíaco, a Iboga é uma raiz nativa da África Central. Perigosíssima, a ibogaína, principio ativo da planta, tem efeitos devastadores sobre o cérebro, mas diversos usos medicinais.

A droga também se mostrou eficaz no tratamento de dependência química, mas pode levar ao coma, alucinações fortíssimas e à morte. Durante o coma, muitas pessoas relatam viagens astrais a outros mundos e experiências fora do corpo. Os adeptos de uma religião chamada bouiti, em Camarões, acreditam que ela nos leva ao mundo dos mortos e ajuda na cura de doenças místicas, como a possessão.

Peyote

Peyote - Cacto: uma das plantas alucinógenas muito utilizada por indígenas na América do Norte

Foto: Shutterstock/ Por vainillaychile

O pequeno cacto redondo que cresce na região central do México e dos Estados Unidos tem papel importante entre as culturas originárias dali. No passado, os astecas e outros grupos indígenas costumavam ingerir a planta fresca ou seca para provocar visões e entrar em contato com os deuses. E, ainda hoje, faz parte dos ritos da Igreja Nativo Americana e tem o uso ritualístico liberado em ambos os países

O principio ativo do peyote é a mescalina, um potente alucinógeno natural presente não apenas no Lophophora williamsii, mas em várias espécies de cacto, como o São Pedro (Echinopsis pachanoi), nativo da America do Sul e que é bastante utilizado entre os xamãs do Equador e Peru. Ela provoca alterações na percepção sensorial, euforia, sinestesia e alucinações realistas. Entre os efeitos adversos estão o aumento da pressão arterial, inibição do apetite, calor, calafrios, náuseas e vômito.

Leia também: A arte de fabricar mezcal, a bebida mexicana parente da tequila

Sálvia

Salvia: uma das plantas alucinógenas utilizadas por diferentes culturas

Nativa do estado de Oaxaca, no México, a sálvia tem uma infinidade de usos que vão desde a culinária até a medicina popular: é muito eficaz no combate à ansiedade, irritabilidade, transtornos da menopausa, diabetes e no tratamento de gastrites e úlceras. É cicatrizante, antisséptica, hipoglicemiante, antirreumática, cardiotônica, anti-inflamatória (garganta e amígdala), bacteriostática e adstringente e… alucinógena.

É que a planta é rica em salvinorin A, um psicoativo que pode induzir visões. Os mazatecas, que habitam a região da Sierra Madre, costumam usá-la em suas cerimônias religiosas como uma forma de entrar em contato com os deuses. Pode ser consumida em forma de chá ou mastigando as folhas. Provoca dissociação da realidade, imagens que remetem a outras dimensões e contatos com outras inteligências dentro da própria mente, efeitos que só podem ser comparados com os da Dimetiltriptamina, principio ativo da Ayhuasca.

Desde 2012, o uso e cultivo da Salvia divinorum é proibido no Brasil.

Artemísia

Artemísia: planta alucinógena

Foto: Shutterstock/Por Dmitry Fokin

Consumida desde a antiguidade, a planta foi batizada em homenagem à deusa grega Ártemis, filha de Zeus. Tem diversas propriedades medicinais e era receitada por Hipócrates, o pai da medicina, no tratamento de cólicas menstruais, reumatismo e dores de estômago. Quando consumida em altas dosagens, pode provocar alucinações devido a presença de tujona em sua composição. É também utilizada na indução de sonhos lúcidos, tendo o poder de trazer à tona medos e traumas subconscientes. Pode ser bebida em forma de chá, fumada ou utilizada como incenso. A artemísia é uma das plantas alucinógenas usadas na fabricação de absinto e a responsável pelo efeito alucinógeno da bebida.

Xhosa

Nativa do sul da África, a Silene capensis é também conhecida como raiz dos sonhos. É utilizada em rituais de iniciação de algumas tribos. Em geral, a raiz é transformada em pó e bebida com água. Não produz qualquer efeito em usuários despertos, mas tem o poder de induzir sonhos mágicos e proféticos.

Tecnologia do Blogger.

Destaque

Luteína: o que é, para que serve e alimentos ricos

  A luteína é um carotenoide, um pigmento amarelo-alaranjado com ação antioxidante que protege os olhos contra os raios ultravioletas do sol...

Pesquisar este blog