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morfopsicologia é uma pseudociência que estuda o caráter, a personalidade, habilidades e atitudes das pessoas através da correlação e generalização de particularidades faciais.


Morfopsicologia: uma teoria facial da personalidade

 A nível morfológico e de acordo com a teoria da morfopsicologia, o rosto humano pode ser dividido em três zonas diferentes, e a prevalência de uma ou outra área em comparação com as outras, pode ser um bom indicador do temperamento e da personalidade da pessoa. Assim como também pode nos dar boas pistas sobre o seu tipo de inteligência: cerebral, emocional ou instintivo.

Cerebral: a região mais pronunciada é a que compreende o crânio e a testa; incluindo também as sobrancelhas e os olhos. Esta área nos fala sobre o pensamento da pessoa.

Emocional: a área mais destacada é a que compreende as maçãs do rosto, nariz e bochechas. Normalmente são pessoas cujas emoções transbordam, e possuem habilidades relacionadas com o afeto e o cuidado com os outros.

Instintivo: a área morfológica dominante é o maxilar inferior, boca e queixo. São pessoas que tendem ter atitudes e comportamentos dominados por impulsos e instintos.

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As áreas do rosto
Dilatação: O rosto de forma dilatada lembra uma uva: redondo, cheio. Por outro lado, um rosto pouco dilatado se parece com uma uva passa: com a pele mais recolhida em torno da estrutura óssea facial.

Os dilatados geralmente são mais abertos, comunicativos, dóceis e amigáveis, de acordo com os princípios da morfopsicologia. Procuram o contato físico com outras pessoas.

 

Os retraídos, no entanto, procuram segurança e proteção, se adaptam facilmente ao meio onde se encontram e não são muito sociáveis. Em vez disso, se caracterizam por serem solitários e cautelosos. Seu jeito de ser faz com que sejam percebidos como mal-humorados.

 

A moldura: Especialistas em morfopsicologia usam a moldura como sinônimo para a construção óssea do rosto, e sua amplitude revelam o grau de vitalidade e energia do sujeito. Esta variável nos fala sobre a capacidade física da pessoa.
Os receptores: O nariz, a boca e os olhos estão intimamente ligados com a moldura. Se, como vimos, a moldura revela as reservas de energia da pessoa, o tamanho dos receptores indica qual deles gasta mais ou menos energia.
tom: Refere-se à firmeza e grau dos músculos presentes na região do rosto. Ela está associada com o nível de vitalidade do sujeito, e serve para revelar se a predisposição vital da pessoa é ativa ou passiva.
modelagem: O layout do contorno do rosto indica o grau de socialização da pessoa, e se a sua predisposição está mais associada com a intransigência ou com a adaptação:

Amassado

 

Geralmente têm problemas para se adaptar ao ambiente e podem ser muito imprevisíveis em suas reações. Eles são extremos em seus sentimentos e emoções, e vivem a vida com paixão tanto no amor quanto no ódio.

 

Ondulado

 





Indica que o sujeito tende à socialização e ao trabalho, sendo uma mistura entre simpatia e disposição.

 

Plano

 

Muito característico de pessoas sensíveis e vulneráveis. Apresentam dificuldade para se relacionar com os outros e podem parecer nervosos e rebeldes.

 

Redondo

 

Este tipo de rosto sugere uma alta receptividade e facilidade para relacionamentos pessoais, bem como um caráter acessível e benevolente.
Criticas à Morfopsicologia


Tal como acontece com todas as pseudociências, seus princípios e leis são baseados na observação, intuição ou, na melhor das hipóteses, em investigações científicas que revelaram alguma correlação entre duas variáveis ​​(neste caso, uma característica particular do rosto e um traço de personalidade). Uma vez que seria completamente absurdo afirmar uma relação absoluta entre possuir um traço fisionômico e apresentar um traço de personalidade, a maioria dos defensores da morfopsicologia apoiam a sua veracidade nestas correlações, que, por serem obtidas por meio de uma análise científica, não devem ser negligenciadas. Em todo caso, a veracidade desse tipo de teoria é muito limitada e as suas teses geralmente se baseiam em axiomas e não em dados obtidos cientificamente.

No entanto, a autenticidade da metapsicologia reside na própria concepção do determinismo genético do caráter, uma teoria amplamente refutada por inúmeros estudos que mostram a influência decisiva da educação e do ambiente social e cultural na personalidade, gostos e atitudes do indivíduo.Fonte: Pscologiaymente traduzido e adaptado por Psiconlinews

 A Cabala ou Qabbalah significa literalmente "recepção" e é conhecida como um sistema filosófico esotérico, de origem judaica, que compreende uma teosofia completa e uma série de ferramentas para a evolução harmônica do homem. 


Na diáspora, onde de encontra os assentamentos da cultura Judaica e em Languedoc - França, no século XII o Isaac el Ciego escreve alegadamente uma obra cabalística: "El Bahir". Da frança a Cabala passa a Espanha, onde se destacam figuras como Azriel de Gerona o ibn Gabirol. Em Sefarad, Espanha, é onde a Cabala alcança o seu esplendor, com uma obra do mesmo nome: "El Zohar" (O Livro do Esplendor), atribuído a Moisés de León. Contudo, sua verdadeira origem se remonta a tempos bíblicos, posto que a Cabala, como todo o saber esotérico, se transmita oralmente somente aos iniciados. 

O termo "recepção" indica que é um saber revelado diretamente por D'us, se diz que se deu por Abraão e Moisés. A partir daí vem outro termo que se conhece: Sabedoria Secreta (jokmáh nistaráh). Alguns cabalistas afirmam que a cabala é inerente ao homem desde Adão, um conhecimento interno que pode desvelar-se, isto é, acordar, por isso se diz que "A cabala não se estuda, se recorda". Como se fosse algo já inerente a nós, um conhecimento, noutros termos, arquetípico, instituído em nossa 'memória coletiva'. 

Utilizando as ferramentas da Cabala (Notarikón e Temurá), analisaremos seu significado: קּבּלּהּ 

Começa pela letra: קּ
Quof, que significa tanto "chave" como parte posterior da cabeça "boca de deus", lugar este que é dito que o por onde se recebe a iluminação.

לּבּ
Leb
Coração

הּבּלּ
Hevel
Respiração

לּהּבּ
Lahab
Chama

לּבּהּ
Labah
Entusiasmar

Uma possível composição com estas palavras seria: "A respiração prende a chama do coração com entusiamo". 

A Cabala se constitui por:

  •  Um corpo de conhecimentos teosófico e filosófico, que incluem uma interpretação hermética do Toráh, e outras obras propriamente cabalisticas como o Zohar e o Sefer Yetzirath. Para os cabalistas, a linguagem é criadora e o Toráh contem todas as chaves necessárias para a compreensão do cosmos e do homem. 

  •  Algumas ferramentas para a hermenêutica do significado oculto do Toráh. A linguagem hebraica, é considerada como 'pura' (a palavra e a coisa designada são os mesmos). É a linguagem sagrada do Ocidente, assim como o Sânscrito é para os Orientais. Estas ferramentas são: Guematria, Temurá e Notharikón. O uso de tais ferramentas se conhece como Cabala prática.
  • Um diagrama que descreve tanto o macrocosmos como o microcosmos: A Árvore Sefirótica ou Árvore da Vida, constituída por 10 esferas (Sefirot) e 22 caminhos que unem estas esferas, a cada uma das quais se corresponde com as 22 letras do alfabeto hebraico. D'us se serviu de letras para criar o universo através das suas emanações ou sefirot: ". Dez são os números, que são as Sephiroth, e as vinte e duas letras, elas são a fundação de todas as coisas". (Sefer Yetzirah)



O IDIOMA HEBRAICO


"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus." João 1.1

Em Hebreu, o nome do objeto e o próprio objeto designado são uma coisa só, de fato, se utiliza uma mesma palavra: דּבֿרּ (dabar). É o "assunto" (podemos compreender este, como essência, noutras filosofias), com sua palavra criadora, quem dá lugar para objetos, tanto internos como externos. Tendo-se levado em conta que "coisa" ou "objeto" é aquilo que podemos dizer algo sobre, e aquilo que nós podemos nomear, o "assunto" (essência), chama-se Consciência ou D'us, não pode ser definido nem limitado, pois então seria simplesmente um objeto. Foi um pouco difícil para mim entender isso no inicio, mas se parar para pensar, re-ler, pesquisar, é fácil de ser compreendido, difícil é ter que explicar (risos). Só nós podemos "apontar" para isso, pois nenhuma palavra pode designá-la. Aqui vemos a correspondência com outros ensinamentos, como o Taoismo: "O Tao que pode nomear-se não é o verdadeiro Tao..." Em nosso contexto é um pouco difícil compreender isso, pois estamos acostumados a "ter que entender" as coisas logo de cara, nomear-las, dar significados (que normalmente estão revestidos de uma capa moral) e por isso nos afastamos cada vez mais da "coisa" e nos iludirmos com nossos "significados morais". 

O idioma Hebreu é de origem Semítica e és um dos mais antigos idiomas que se conhece. Se constitui por um alfabeto - é Alef beit - de 22 letras consoantes. Para dizer a pronunciação correta de uma palavra se faz necessário um conhecimento oculto e de grande poder. 

יהוה - De fato o "Shem" ou nome (YHVH), conhecido também como TATRAGRAMA, não pode ser pronunciado pois o modo correto de como fazer-lo é desconhecido. Os judeus utilizam o termino Adonais para referir-se a Deus.
Para poder pronunciar as palavras deuso como se inverteram os chamados "sinais massoréticos" ou então foram utilizadas determinadas letras (he, yod, vau) como vogais. 

O texto é escrito da direita para a esquerda, e cada palavra deve compor-se de almenos duas letras. Outra qualidade única do hebreu é que cada um das 22 letras tem um valor numérico especifico, por meio do qual pode ser calculado o valor numérico de qualquer palavra. Esta peculiaridade permite uma das técnicas hermenêuticas da Cabala: a Guematria. 

Por outro lado, cada uma das vinte e duas letras tem um significado próprio, o qual permite o desenrrolar de outra técnica, chamada Notarikón.



O alfabeto hebreu se conhece também como o "Alfabeto do fogo", por conta dos belos traços das letras e, talvez, por que a letra שּׂ corresponde ao 22º caminho da árvore da vida por onde entra o "Raio relampejante". Seu significado é precisamente "fogo e espirito" e sua forma recorda a uma chama tripla. 

As 22 letras se complementam 5 letras finais, que são uma variações de símbolos que correspondem a 5 determinadas letras quando se escrevem ao final de cada palavra.

Existem 3 letras mães, chamadas de 3 origens: 

אּ
ALEF
Elemento ar
מּ
MEM
Elemento água
שּׂ
SHIM
Elemento fogo


A letra Alef é a primeira do Alfabeto, a Shim é a última, e a Mem é a central, se levarmos em conta o alfabeto com 27 letras. 


A Árvore da Vida

A Árvore da vida, diagrama principal da Cabala, aparece mais como uma representação de toda a criação como descrito no Sefer Yetziráh (Livro da formação): "Dez são os números, que são as Sephiroth, e as vinte e duas letras, elas são a fundação de todas as coisas." Em Gênesis se indica que no Jardim do Éden existem duas árvores: A Árvore da Vida e a Árvore da Ciência do Bem e do Mal. Sabemos que o fruto do primeiro é a vida eterna, enquanto que a da segunda é a morte. A interpretação ortodoxa deste conhecimento mito nós já conhecemos. Porém podemos examinar-lo com outra visão: "Discriminar entre o mal e o bem é a origem de todo o pecado" (Ramana Maharsi)

Na árvore da vida há três esferas iniciais, uma tríade, que é conhecida como "Tríade das Raízes" ou "Grande rosto", por referir-se a divindade, e o resto da árvore chamado de "pequeno rosto". A primeira das esferas da tríade é formada pela esfera do conhecimento, que é uma esfera oculta, e as esferas 4 e 5: Misericórdia (Jesed) e Severidade (Guevuráh), também conhecida como Bem e Mal. A esfera do conhecimento: Daat, é realmente ma esfera oculta, a decima primeira esfera, chamada as vezes de "nenhuma esfera". O conhecimento do bem e do mal é o começo da dualidade e o fim da unidade, a expulsão do paraíso em definitivo, posto que não é possível nenhum oposto sem seu contrário. 

A árvore da vida pode ser vista como um caminho que a alma percorre para retornar de novo a sua origem. Este caminho de 32 elementos é o "Caminho do coração", posto que o coração: לּבּ leb, soma exatamente 32, que é também o número de vezes que se menciona a D'us em gênesis. E como vemos visto, as letras Lamed e Beth formam também a palavra kabballah. Em síntese, pode-se comparar com a Cabala uma escada que permite remontar os sucessivos níveis de manifestação para alcançar a causa suprema.


A Escada de Jacó

Eu disse: Mostra-me a escada que eu possa subir aos céus.
Ele disse: Tua cabeça é a escada, põe tua cabeça abaixo dos pés.
(Rumi)


A árvore da vida é também a Escada de Jacó, acredita-se, que conecta o céu com a terra. Cada nível de manifestação tem sua própria árvore, que se encadeia com a seguinte. A árvore de cada mundo cresce a partir da estrutura anterior, de tal maneira que o fluxo que conecta tudo o que existe, está presente em tudo que é manifestado. Tal é como se diz: "a cabeça no céu e os pés no chão", é requerido um certo trabalho para que a alma esteja conecta com todos os níveis. 

Existe 4 níveis de manifestação: o físico ou material, emocional, mental e espiritual. As distintas árvores que se correspondem a estes níveis se unem a partir de duas sefirot: kether e tiferet, de modo que o kether do nível físico é o tiferet do nível emocional, e o kether deste nível e o tiferetdo nível mental, e o kether deste nível é o tiferet do espiritual. Tiferet é sempre o centro da Árvore, enquanto kether é sua coroa. A estreita relação entre as duas esferas pode ilustrar-se com a frase de Jesus: "O Pai e eu somos um". 

Por outra parte, os "Anjos subindo e descendo por esta escada" representa o movimento continuo em ambas as direções, que podemos dizer ou chamar de involução, descendo as escadas, e evolução subindo elas. 

É interessante resenhar que a árvore sefirótica está "invertida", pois suas raízes se encontram no "céu", e suas ramas na terra. A última esfera ou sephirah é Malkuth, que representa o "fruto" da árvore, enquanto a primeira das esferas é kether, que seria a "fonte" que, funciona como uma 'bomba' que enche seu 'recipiente' (esfera) e uma vez enchida, se derrama para um terceiro recipiente, e por assim adiante. Este derramar-se constante da fonte nos recorda que a criação se sucede a cada instante.

O que é a Cabala?

by on fevereiro 16, 2021
  A Cabala ou Qabbalah significa literalmente "recepção" e é conhecida como um sistema filosófico esotérico, de origem judaica, qu...

 Na Cabala muito se fala que há 3 níveis de existência negativa: o não-manifesto, e 4 níveis de existência positiva: o manifesto. 


Os três níveis ou 'véus' da existência negativa, conhecidas como Ain אּיּן (Nada), Sof   סּוּףּ (Infinito ilimitado) Aur אלוּרּ(Luz). Este Ain Sof Aur סּוּףּ אלוּרּ אּיּן ou Luz Infinita que vem do nada, está além de nossa compreensão, e só a partir da primeira emanação do não-manifesto, que é a esfera de Kether, é que pode-se entrar em uma certa compreensão, mais intuitiva do que racional, uma vez que esta primeira Sephirot representa a unidade, um Ser Único e existe em si mesmo, comumente chamado de D'us, cujo nome em Kether é Ehyeh אּהּיּהּ.

O Evento ocorre quando a luz infinita de Ein Sof é contraída, afim de criar um espaço vazio no qual pode-se desenvolver assim, outros mundos. Esta contração é chama de Tzimtzum זּוּם זּוּם, e é a fonte de todos os níveis de manifestação. O Tzimtzum marca a passagem da realidade última, realidade está que é perfeita e infinita, em contraponto aos mundos manifestados que são limitados e imperfeitos, em que a luz infinita tem por garantia velar pelo maior grau de cada nível de manifestação. Uma impressão desta luz infinita, chamada de Reshimo permanece como um traço/presença no espaço de criação, assim como a santidade de um homem justo que irradia sua energia no lugar que permanece. Este Reshimo se projetará em Ein Sof através de Kav, o raio divino ou o Raio Relampejante. O espaço se preenche de luz infinita, dando lugar a um primeiro nível de existência conhecido como Adán Kadmón ou Homem Primordial, que será a raiz das dez sephirot. 

As etapas que se sucedem são pois, cinco:

1 - O não-manifestado: Ein Sof
2 - O Tzimtzum
3 - A formação do Reshimo
4 - A entrada do Kav
5 - A geração de Adam Kadmón, a alma da dez Sephirot.

As dez sephiras são recipiente ou vasilhas, Kelim, que acolhe, ou sede a luz de Kav em sua manifestação, começando desde Kether, a primeira Sephira, e terminando em Malkuth, a décima de última sephirot, agrupando-se em distintos níveis ou mundos, Olam. Parte desta dinâmica, explicamos no post anterior sobre cabala, na parte que introduzimos sobre a Escada de Jacó. 

Estes níveis de manifestação seriam:

Aziluth, nível de emanação: Compreende a tríade das raízes ou "grande rosto", formado pelas Sephirot de Kether, Jokmah e Binah.

Briah, nível de criação: Compreende a tríade do despertar: Jesed, Tiferet, Gevurah. 

Yetzirah, nível de formação: Compreende a tríade do templo da alma: Netzaj, Yesod, Hod.

Assiah, nível da ação: Compreende a esfera de Malkuth.


Atziluth: É o plano divino ou "mundo arquetípico" que dá lugar a manifestação representada pelas dez emanações ou sephirot, cada uma das quais representa um aspecto divino: Sabedoria (Chokmah), inteligência (Binah), Misericórdia (Chesed), Rigor (Geburah), Beleza (Tipharet), Eternidade (Netzach), esplendor (Hod), Fundamento (Yesod) e Reino (Malkuth). Aqui se encontra o reflexo do homem superior e divino: Adam Kadmon, o homem primordial. 

Briah: Neste plano é transpassado pelo abismo, e por tanto há produzido aqui, uma grande separação entre o Sujeito-a divindade-, e objeto-a criação. As esferas que a compõe encontram-se a cavalo entre o plano mental (Tipharet) e o plano espiritual (Chesed, Geburah). Se associa aos planos dos arcanjos.

Yetzirah: Este nível de formação se encontra mais próximo da matéria, entre o plano mentam e o plano astral. Compreende as esferas de Hod, Netzach e Yesod, mente concreta, emoções e personalidade, aspectos do desenvolvimento, em maior ou menor grau, por e para todos os seres humanos. Se associa ao planos dos anjos.

Assiah: O nível da ação, este é o mais denso, e corresponde a matéria tal como a conhecemos, sendo o homem em seu corpo físico e seu duplo etérico. Representa o plano físico, a terra, e sua sephirot é Malkuth.

Pode observar que as cores primárias da Triado do Despertar (rocho, azul e amarelo) se combinam para formas as secundárias da Tríade do Templo da Alma (verde, laranja e violeta). A esfera de Malkuth representa o último nível de manifestação: A terra, e sua divisão em 4 cores, que nos fala sobre os quatro elementos que constituem o mundo material. Terra, Água, Fogo e Ar.

Se levarmos em conta que no homem existe quatro planos: físico, emocional (astral), mental e espiritual, os níveis de manifestação compreendem com estes planos da seguinte maneira:

Asshiah - Plano Físico (natureza) e astral.
Yetzirah - Plano Astral e mental.
Briah - Plano mental e espiritual.
Atziluth - Plano espiritual e divindade (Adam Kadmon).

Como vimos antes na Escada de Jacó, cada nível de manifestação tem suas própria árvore. De cima para baixo estaria representado as árvore de Atziluth, Briah, Yetzirah e Assiah. 

Quando o homem completa toda a árvore de Assiah e chega a sua Kether, que é a esfera de Tipharet de Yetzirah, tem o domínio sobre todos os animais, plantas e outros elementos da terra. Porém se não prossegue sua evolução continuará confinado a este mundo de Assiah, de onde nascerá e morrerá nesta existência cíclica. A alma natural ou Nefesh se recicla em um processo que se conhece pelo nome de Gilgulim ou Rodas da Transmigração. Somente ao realizar todas as potencialidades de Nefesh surge a possibilidade de ascender ao seguinte nível, para isto e requer uma alma mais evoluída: a alma emocional-mental representada por Ruaj. Literalmente o homem vai afinando o seu veículo, isto é, aprimorando-o, para que possas ser possível a ascensão. E o mais importante sinal não é outro se não o desejo de fazer-lo, este impulso que descreve magistralmente Ken Wilber em seu "Projeto Atman". Enquanto não surge esse desejo de transcendência o homem continuará confinada a esta parcela ínfima de "realidade do mundo material" (realidade, vem do latim "res", coisa, objeto), e ao processo cíclico de morte e renascimento chamado Gilgulim, ou como é chamado no Budismo, Samsara.

 Há 3 pilares ou colunas na árvore da vida:


 - A coluna direita, de cor branca, chamada de Misericórdia.
 - A coluna esquerda, de cor negra, chamada de Rigo.
 - A coluna central, de cor cinza, chamada de Equilíbrio. 


Cada um destas colunas tem os atributos de suas principais esferas:

 - A coluna direita representa a energia e o espaço (Chokmah);
 - A coluna esquerda representa a matéria e o tempo (Binah);
 - A coluna central representa a consciência (Kether);

Naturalmente as colunas esquerdas e direitas equivalem as colunas "Jaquin" e "Boaz" do templo de Salomão. O aspirante a entrar no templo seria a coluna central, e se coloca entre as colunas ao entrar, no lugar central ou meio, aonde se produz o equilíbrio ou harmonização de toda a dualidade através da coluna vertical invisível. O balanceamento das foras Yin e Yang possibilitam o equilíbrio exato para ascender a unidade.

O Caduceu de Hermes ou Mercúrio, o vemos como energias contrárias ou um par de opostos, por assim dizer, que neste caso são representados por duas serpentes, que se unem por uma ação de um eixo central que as concilia, as ordena e as transcende. Mediante esta união dos contrários que esta dualidade é superada pela função polar do eixo mesmo, que transcende os opostos. 

Esta "trindade" podemos ver-las também em ouros sistemas. Por exemplo, no Yoga, seriam equivalentes aos três "Gunas": 

 - Rajas: energia, coluna direita.
 - Tamas: matéria, coluna esquerda.
 - Sattva: consciência, coluna central. 

Também existe um paralelo com os 3 nadis principais do corpo sútil: 

 - Ida: Aspecto feminino, coluna esquerda.
 - Pingala: Aspecto masculino, coluna direita.
 - Sushuma: Canal central por onde ascende a Kundalini: coluna central.

Os nadís se cruzam em cada Chakra, e como veremos mais adiante existe uma correspondência também, entre os chakras e as Sephirot.
O canal central, Sushuma, na árvore da vida se corresponde com o pilar central e é chamado de "a trilha da seta", que ascende direto desde Malkuth e Kether, passando por Yesod, Tipharet e Daath. É a trilha que falam todos os iniciados, das grandes tradições. 

Desde a física quântica, pôde-se estabelecer-se um interessante paralelismo: o fóton se comportam como uma onda, ou partícula segundo o observador: onda, energia, partícula, como matéria, e o observador representa naturalmente a testemunha: a consciência. Está aqui os 3 ingredientes básicos que formam o universo. 

 O tálamo é uma estrutura pertencente ao diencéfalo que se caracteriza por possuir duas grandes massas ovoides de substância cinzenta. Essa estrutura exerce importantes funções de transmissão das informações das várias vias que ali chegam, destinando tais informações ao córtex cerebral. Em outras palavras, o tálamo serve como uma porta de entrada para grande parte das informações que se dirigem ao córtex cerebral.

Além disso, muito do que está sendo estudado atualmente sobre o tálamo refere-se à sua atuação no ciclo do sono e vigília. Já se perguntou por que você acorda ao ouvir um som em alto volume ou quando alguém provoca dor em alguma região do seu corpo?  Como isso ocorre se nosso córtex está relativamente “desligado” no momento do sono? O conhecimento atual que existe sobre o Tálamo pode explicar essas e outras perguntas, o que faz dele umas das estruturas subcorticais mais importantes do sistema nervoso.

Referência

MACHADO, Angelo B.M.; HAERTEL, Lúcia Machado. Neuroanatomia funcional. 3.ed. São Paulo: Atheneu, 2006. 

Tálamo

by on fevereiro 07, 2021
  O tálamo é uma estrutura pertencente ao diencéfalo que se caracteriza por possuir duas grandes massas ovoides de substância cinzenta. Essa...

 

1. Introdução

Os símbolos são mais antigos que as letras e números. Eles são a linguagem primordial da mente humana. Segundo o dicionário, símbolo “é tudo aquilo que, por um princípio de analogia, representa ou substitui alguma coisa; aquilo que por sua forma e natureza, evoca, representa ou substitui alguma coisa num determinado contexto, algo abstrato ou ausente”. Para os psicanalistas, são “portais” para o inconsciente. O conjunto dos símbolos gera o simbolismo: “símbolos de significado constante que podem ser encontrados em diferentes produções do inconsciente” (Laplanche e Pontalis, Vocabulário de Psicanálise). Alguns simbolismo são universais, como é o caso da serpente, símbolo da medicina e de inúmeras profissões da saúde.

2. As serpentes

As serpentes são répteis de sangue frio (pecilotérmicos), muito alongados, sem pelos ou patas. São seres rastejantes e silenciosos. Algumas espécies, como as víboras, possuem veneno, cuja mordida paralisa e mata. As serpente são seres ambíguos. Não demorou muito para os antigos notarem que o veneno da serpente, quando diluído em doses infinitesimais, podia servir de remédio contra a morte. O simbolismo universal da serpente está associado as dimensões mais profundas, ao sentido da vida e da morte e a sabedoria cósmica. Em muitas religiões existe um nexo simbólico entre a serpente e a origem da vida. Assim, é com a serpente Atum egípcia; a serpente cósmica dos celtas e chineses e as serpentes híbridas (nâga) dos hindus. Por isso a serpente é vista como um “animal magico”, símbolo da iniciação e da sabedoria. Como afirma Mircea Eliade, especialista em religiões e mitos: “a serpente mística conhece todos os segredos, é a fonte da sabedoria e entrevê o futuro” (Girard, Os símbolos na Bíblia). O Faraó usava um “uréu” como símbolo da imortalidade, que era uma haste envolta numa serpente.  Era um símbolo do conhecimento secreto revelado pela deusa Isis, só transmitido ao faraó e a um pequeno número de sacerdotes iniciados. 

3. A serpente na bíblia

Se é verdade que a serpente rastejante (tectônica) pode ser um símbolo do mal e da morte (Gênesis 3), a serpente suspensa ou alada (urânica e solar) é seu oposto. Este simbolismo é claramente encontrado na Bíblia (Números 21, 4-9). Foi por ordem direta de Deus que Moisés “fez uma serpente de bronze e a ergueu num poste levantado e, se alguém era mordido por uma serpente, olhava para a serpente de bronze e vivia”. O sucesso desta serpente foi tanto que ela acabou recebendo um nome próprio (Neustã), tornando-se objeto de culto idólatra por alguns hebreus em Jerusalém (2 Reis 18, 4). Isso despertou a fúria iconoclasta do rei Ezequias que a destruiu a golpes de machado. Entretanto, o seu simbolismo não foi destruído ou esquecido. O livro de Sabedoria corrige os excessos reformistas de Ezequias e afirmava que a serpente na haste era um “símbolo da salvação”, um “emblema de saúde” que próprio Deus concede aquele que o busca com fé: “[…] com efeito, quem se voltava para ele ficava curado, não em virtude do que via, mas graças a Ti, Salvador de todos” (Sabedoria, 16, 7).

Apesar do rigor das reformas de Ezequias o povo nunca abandonou o simbolismo da serpente elevada na haste. Arqueólogos encontraram, em uma tigela de bronze na cidade de Nínive, “inscrições de nomes hebraicos e também a figura de uma cobra com asas enrolada em espécie de bastão” (Walton, Chavalas e Matheus, Comentário histórico – cultural da bíblia). Este simbolismo da “serpente que cura” retornaria, de forma definitiva, no Evangelho de João: “Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que seja levantado o Filho do Homem, a fim de que todo aquele que crer tenha nele a vida eterna” (João 3, 14-15).

3. A serpente na Grécia

Na Grécia antiga a serpente era associada a Asclépio, o deus da cura. Segundo a mitologia grega ele era filho do deus do Sol e da Sabedoria, Apolo, e da ninfa Corônis. Seu nascimento foi doloroso. Ele nasceu do meio do fogo, do ventre da sua mãe morta. Tao logo escapou da morte no parto ele foi entregue por seu pai aos cuidados do mais sábios dos centauros, Quíron, que lhe ensinou os segredos da medicina, da cura e da cirurgia. Não demorou muito para ele superar o seu mestre.

Asclépio dedicou-se com tanto afinco a sua vocação de médico que chegou a ressuscitar mortos. Ele recebeu este poder da deusa Atena: “Esta deu-lhe dois frascos que continham sangue proveniente das veias esquerda e direita da Górgona Medusa. O da esquerda podia fazer com que os mortos retornassem à vida, enquanto o da direita provocava a morte instantânea” (Julien, Minidicionário compacto de mitologia). Assim, a medicina já nascia ligada à iatrogenia.

O culto de Asclépio era envolto em secretos e o monopólio da medicina estava em poder dos sacerdotes sendo transmitidos apenas aos iniciados e seus filhos. Um dos seus devotos mais famoso foi Hipócrates de Cós (460-370 A.C). Naquela época não existiam hospitais e os atendimentos eram realizados nos templos. O tratamento envolvia o corpo, a alma e o espírito: “para obter cura, as pessoas tinham primeiro de se purificar através de jejuns e abstinência sexual. Os doentes dormiam no chão nu do templo, que compartilhavam com cobras não venenosas. Asclépio os visitava nos sonhos e prescrevia os remédios ou tratamentos necessários a cada um deles” (Halam, O livro de ouro dos deuses e deusas). Após receberem a cura, os devotos ofertavam ex-votos de mármore ou madeira correspondente ao órgão recuperado.

As constantes ressuscitações de Asclépio despertaram a ira do deus da morte, Hades, que acabou tramando sua morte. Graças a Zeus Asclépio voltou à vida, casando-se com a Epione (deusa calmante da dor), que lhe deus cinco filhos: Iaso (deus dos remédios), Panaceia (deusa da cura de todos os mares), Akeso (deus dos processos de cura), Égle (deus do bem estar), Telésforo (deus da recuperação) e Macaão e Podalírio, que seguiram a profissão do pai e se tornaram médicos lendários. Mas, eram suas duas filhas, Panaceia e Hígia, quem mais acompanhavam o pai. Por isso que o tradicional juramento médico, ou “Juramento de Hipócrates”, menciona seus nomes: “Eu juro, por Apolo, médico, por Asclépio (ou Esculápio em latim), Higeia e Panaceia, e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo o meu poder e a minha razão, a promessa que se segue […]”

4. O símbolo da medicina

Na iconografia grega Asclépio era representado como um velho sábio e bondoso, que portava um bordão com uma serpente enroscada. Este é o símbolo mundial da medicina. É como, no entanto, que o símbolo da medicina seja confundido com o emblema de outro deus e profissão: o caduceu de Hermes (Mercúrio em latim). Esta confusão começou durante a Renascença. Na verdade o caduceu é mais antigo que o bastão de Esculápio e sempre esteve relacionado ao comércio. A confusão se deve ao “Hermetismo. O hermetismo era um conjunto de tradições associadas a “Hermética” que influenciou a magia, a pintura, a alquimia e o misticismo europeu no final do século XV (Hinnells, Dicionário das religiões).

A hermética, por sua vez, era um conjunto de práticas especulativas sobre a natureza surgidas, segundo acreditava-se, na cidade de Alexandria do Egito, nos séculos II e III d.C. a hermética teve este nome, precisamente, em homenagem ao deus Hermes, intérprete e mensageiro dos deuses e criador da linguagem humana. Era Hermes quem conduzia a alma dos mortos ao Hades. Em Alexandria ele acabou sendo sincretizada como o deus da medicina e sabedoria egípcia, Tot, tornando-se “Hermes Trimegistro” ou “Hermes três vezes grande”. Tudo isso, unido a princípios da filosofia neoplatônica e estoica e a tradução grega da Bíblia (septuaginta) gerou o “Corpus hermeticum”, por essa proximidade com a vida e a morte, muitos acabaram confundindo os símbolos de Hermes e Asclépio. A publicação das obras de Hipócrates em grego pelo tipógrafo suíço e alquimista Johannes Froben em 1538 é, muito provavelmente, a origem da confusão moderna entre os dois símbolos. O caduceu de Hermes, uma haste de ouro com asas em sua extremidade superior, era o símbolo da alquimia e também o símbolo da tipografia de Froben. Por isso ele estampou este símbolo e não o de Asclépio, na página frontal das obras de Hipócrates.

4. A serpente em Portugal

Para concluir: o antigo nome do território português era “Ophiussa”, termo dado pelos antigos gregos a terra de Camões, que significa “Terra das Serpentes”. Segundo lendas e achados arqueológicos, os primeiros habitantes desta região, veneravam serpentes aladas: as serpes. Estes povos teriam suas origens nos antigos celtas. As serpes são muitas vezes representados como um dragão ou um grifo. Segundo a tradição estes animais fantásticos teriam sido originados da primitiva serpente alada de Moisés: a “Serpe real”. O sentido deste símbolo real português está ligado tradição dos monges cistercienses, da ordem do Templo e no chamado “Milagre de Ourique”.  Segundo a tradição, pouco antes da Batalha da célebre Batalha de Ourique, ponto alto da Reconquista Cristã contra a ocupação islâmica, D. Afonso Henriques teria recebido uma visita divina. Um ancião, que o rei já tinha visto em sonhos, profetizou sua vitória. Em seguida D. Afonso teria sido iluminado por uma grande luz, e aos poucos, visto o sinal de uma grande Cruz e Jesus Cristo crucificado. Na ocasião também teria sido revelado a identidade do anjo protetor de Portugal: O arcanjo Miguel. Finalmente, o Cristo luminoso expôs suas cinco chagas e, após a vitória, D. Afonso Henriques, decidiu que a futura bandeira portuguesa passaria a ter cinco escudos, ou quinas, em cruz, representando os cinco reis vencidos e as cinco chagas de cristo. Em suas próprias palavras: “E que tudo passou assim eu el Rei Dom Afonso o juro pelos Santíssimos Evangelhos de Jesus Cristo, em que ponho a mão. Pelo que mando a meus sucessores, que tragam por divisa e insígnia, cinco escudos partidos em cruz, por amor da Cruz e das cinco Chagas de Jesus Cristo, e em cada um trinta dinheiros de prata, e em cima a serpente de Moisés, por ser figura de Cristo. E esta será a divisa da nossa nobreza em toda nossa geração”. Este deveria ser o símbolo do futuro império português. E foi isso que realmente aconteceu como podemos ver no selo do rei D. João I e nos imperadores do Brasil…

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